quarta-feira, 16 de novembro de 2011

É Tão Lindo

Se tem bigodes de foca
Nariz de tamanduá
Parece meio estranho, hein?
Também um bico de pato
E um jeitão de sabiá
Mas se é amigo
Não precisa mudar
E é tão lindo
Deixa assim como está
E eu adoro, adoro
Difícil é a gente explicar
Que é tão lindo!
Se tem bigodes de foca
Nariz de tamanduá
E orelhas de camelo, né tio!
Mas se é amigo de fato
A gente deixa como ele está
É tão lindo, não precisa mudar
É tão lindo é tão bom de se gostar
E eu adoro
É claro
Bom mesmo é a gente encontrar
Um bom amigo
São os sonhos verdadeiros
Quando existe amor
Somos grandes companheiros
Os três mosqueteiros
Como eu vi no filme
É tão lindo, não precisa mudar
É tão lindo deixa assim como está
E eu adoro e agora
Eu quero poder lhe falar
Dessa amizade que nasceu
Você e eu
Nós e você
Vocês e eu
E é tão lindo
- Tio
- Hein?
- É legal ter um amigo, né?
- É maravilhoso
Mesmo que ele tenha
Bigodes de foca e até um nariz de tamanduá
- E orelhas de camelo tio, lembra?
- Orelhas de camelo?
- É tio
- É mesmo, orelhas de camelo!
Mas é um amigo, né?
- É
- Então não se deve mudar.

Amigos… o que seriamos sem eles pra ouvir os desabafos, jogar conversas fora, encher o saco, zuar, ser zuado? Rir, se divertir, fazer idiotisses, fazer de momentos bobos inesquecíveis, cada dia uma nova aventura. Sem eles eu não seria nada… cada um é uma parte de mim, mesmo que as vezes longe, eles são meu tudo.

Podia ser mais fácil…

Legal, já faz quase um mês… mas nada mudou. Eu, mais uma vez, pensei que seria fácil. Pensei que eu ia superar. Não foi fácil, eu não superei e parece que cada dia que passa piorar um pouco. Hoje eu percebi que podia ser pior. Quanto mais perto, mais difícil fica. Ele ali, do meu lado, fazia tempo que isso não acontecia. E não foi bom – confesso, por um lado foi, mas o todo, foi ruim –, fazia tempo que eu não ficava mal quando chegava em casa, hoje eu fiquei.
Eu não sei, talvez (quase certeza) o meu amigo esteja certo, eu sinto a necessidade de gostar de alguém. E eu realmente acho que sinto isso, mas dessa vez foi diferente. Não era só uma necessidade, era de verdade, com motivos. Agora, hoje, depois de tudo que já aconteceu, pode ser mesmo só essa necessidade e eu tenho que superar. Chorar, me descabelar, ficar enchendo o saco dos outros, tudo isso não vai adiantar de nada se eu não quiser, realmente, superar.
Ele é um bom amigo! E eu gostava dele assim, só como amigo… era tão bom, tudo corria com tanta facilidade. Mas agora não vai ser a mesma coisa. A gente tentou, mas parece que tem aquele coisa inconsciente dizendo “Ei, vai com calma ai… agora não é tão fácil assim!”. Como foi mesmo que eu ouvi hoje? Acho que é alguma coisa do tipo “Amizade é igual café, depois que esfria, não adianta requentar, nunca mais vai ficar igual.”. A mais pura verdade.
Hoje eu vi que, se talvez ele tivesse continuado igual eu teria sofrido muito mais. Por que não ia ser só aquilo que eu queria, e ele saberia disso. Foi bom a gente ter se afastado um pouco, embora doa demais, foi bom. Mas e agora, se eu quiser voltar a ser amiga dele… voltar a conversar como antes, será que ele vai achar que é só isso mesmo? Acho que não, provavelmete a mente dele vai continuar gritando: CUIDADO!!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Vai passar…

Dói. Dói tanto que parece até que tem um buraco negro dentro de você. Um buraco negro que vai te puxando para dentro de você mesma. Todo mundo fala “vai passar”, “existem outros”, “a vida é assim mesmo”. Eu sei que vai passar, sei que existem outros e também sei que “a vida é assim mesmo”, mas é difícil, sabe!? Não dá pra você piscar e simplesmente tudo acabou.
Acho que eu nunca soube de verdade o motivo pelo qual eu gostava de alguém, mas com ele foi diferente, eu sabia… sei ainda. Não foi aquela paixão incontrolável, foi diferente. Ai quando você ouve “pelo menos vamos continuar sendo amigos”, dói muito mais.
Sabe quando você pensa que não vai ficar mal. já está conformada e o máximo que vai sair é uma simples e insignificante lágrima? Eu também pensei que seria assim. Mas nao foi. Uma sensação de perda – mesmo que fosse de algo que eu nunca tive – de angústia, medo, decepção e quando eu vi, aquela lágrima insignificante se transformou em rios, mares, oceanos. Uma coisa incontrolável que eu nem mesmo sabia que poderia sentir. O buraco ia crescendo e me puxando cada vez com mais força. Uma força descomunal, parece até que sua matéria vai se desfazer e você vai virar nada.
Vai passar, eu sei que vai. Tudo na vida passa, não é? Com isso não pode ser diferente. O meu medo é quanto tempo vai levar para passar. E ao mesmo tempo que eu quero que passe rápido, muito rápido, eu não quero que passe. Eu gosto disso, só não gosto das consequências que isso traz.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Pequenas coisas

São tantas as coisas que eu não compreendo. É tão estranho pensar que situações tão simples e banais podem ficar quardadas para sempre na nossa memória. E também é tão estranho quando atitudes tão pequenas fazem toda a diferença. Não pensem que me refiro somente à coisas boas. Embora essas sejam as melhores e mais desejadas, as “ruins”, indesejáveis ou desagradáveis, por assim dizer, ocorrem com muito mais frequência.

Reparem como um sorriso, uma ligação, uma mensagem inesperados podem deixar o dia de quem recebe muito mais… lindo. É, lindo. Nada vai poder tirar aquela pessoa do extasê que foi ver, ouvir, ou ler aquilo. Mas por outro lado, quando acontece alguma coisa que não a deixa bem, quando alguém que ela gosta a magoa - às vezes pelo simples fato de não falar com ela – ou é só ela que está em um dia ruim e se desentende, por coisas sem importância, com pessoas importantes, pode ter duas consequência.

Com certeza a pessoa não se sentirá bem com essa situação – a não ser que ela tenha algum problema piscicológico e goste de sofre – e ai, talvez, ela resolva isso no mesmo dia e será como se nada tivesse acontecido, o que fará desse, um dia normal. Parece fácil, é só or lá e resolver, mas não e muitas vezes essas coisas não são resolvidas no mesmo dia, nem no outro, nem no próximo. Passam-se dias, semanas, meses e essas pessoas depois de algum tempo não se lembram mais o que fez elas se afastarem, apenas acharam mais fácil, mais comodo, deixar como estava.

Essas pequenas coisas que podem deixar o nosso dia muito mais feliz, também podem fazer, pelo menos em alguma parte, nossa vida infeliz. São pequenas coisas que as vezes fazemos sem pensar e que podem mudar muitas coisas. Para o bem, ou não.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Correnteza

É tão engraçada a relação das pessoas. Me entendam, engraçada no sentido de que não tem uma lógica. Sempre nos surpreendemos o emaranhado de coisas que nos cercam. É incrível, no sentido de extraordinário, como realmente não conhecemos pessoas que “devíamos” entender apenas com um olhar. E como entendemos outras que jamais pensariamos sequer, tentar, entender.

Normalmente as pessoas não reparam umas nas outras. E é quando você precisa disso que percebe o quanto é “insignificante” para os outros. É ai que você percebe que precisa gritar por ajuda para ser notado.

Mesmo gritando não adianta. É impossível enfrentar a correnteza sozinho. Não que ninguém se importe, só não é suficiente contra a queda d’água que se aproxima. Eu pude notar que, só mesmo quem já chegou perto de cair, pode te ajudar de verdade. E enquanto elas vão te ajudando  você passa a compreendê-las um pouco melhor e, mesmo pra mim, que presto atenção demais em tudo, começamos a prestar mais atenção nos outros.

Dá para entender também porque pode ser mais fácil para alguém de fora de tirar, ou pelo menos não te deixar ir com a correnteza. Tenho notado que é muito mais difícil entender atitudes estranhas de pessoas muito próximas do que um simples olhar de pessoas distantes. Eu sei que é muito mais complexo do que isso, mas pode ser bom tentar entender um pouco mais e deixar ser entendido. Sei, por experiência própria, que não adianta o mundo estar disposto a ajudar se ele não consegue compreender tudo. Mas pior do que isso, não adianta você querer sair se não tiver ninguém que queira te ajudar a ir para a margem.

domingo, 25 de setembro de 2011

De Noite na Cama

De noite na cama
Eu fico pensando
Se você me ama
E quando

De dia eu faço graça
Pra não dar bandeira
Não deixo você ver

domingo, 18 de setembro de 2011

Inopinado

Ele apareceu meio que do nada. Antes dele eu já tinha ficado com outras pessoas, mas nunca tinha me apaixonado de verdade. Foi de repente, mas ele veio e ficou. E me fez descobrir inúmeras coisas sobre mim. No começo foi difícil, eu não queria aceitar, mas no fim, me acostumei com a ideia.

Tínhamos amigos em comum e acabamos nos conhecendo em uma festa. Conversamos bastante naquele dia. Vimos, logo de cara, que tínhamos muitas coisas em comum. A principio não o via com outros olhos, era apenas amizade.  Fomos nos conhecendo e nos víamos cada vez com mais frequência.

Quando percebi que nascia um desejo dele dentro de mim, tentei, de todas as maneiras, fugir. Eu não aceitava aquilo, nunca aceitaria. Me afastei um pouco dele. Comecei a sair sozinho, querendo me apaixonar pela primeira pessoa que conhecesse. Não deu certo. Fiquei com várias, mas nenhuma era igual a ele. Como bom amigo que ele era, quis saber o que tinha feito de errado para eu me afastar assim. Eu não disse nada.

Eu era gay e estava apaixonado pelo meu melhor amigo. Ele não sabia disso, na verdade, antes de me apaixonar por ele, nem eu sabia. Minha cabeça era como uma bomba perto de explodir. Não sabia o que fazer, o que pensar, como agir. Pensei, repensei, despensei, pensei de novo. Resolvi contar. Mas como contar uma coisa dessas, sendo que quando você é hétero já é difícil. Tive que pensar mais um pouco.

Marcamos de sair. Disse que tinha uma coisa muito importante para falar. Fizemos os programas de sempre, depois fomos para a minha casa, se eu ia contar, tinha que ser pelo menos em um lugar onde eu me sentisse seguro. Não me lembro muito bem como foi que eu contei. Mas me lembro perfeitamente de como a expressão dele passou de surpresa à desapontamento, depois à compaixão e, por fim, à completa emoção. Não dissemos mais nada um ao outro por um bom tempo. Ele pegou na minha mão e nos deitamos. E antes que eu adormecesse, ele disse: Vai dar tudo certo.

- Thereza Rastro

sábado, 17 de setembro de 2011

Pra você

Seu perfume, seu sorriso, todo esse seu jeito. Parece que tudo está sendo como drogas para mim. E é como se elas estivessem do meu lado, dentro de uma caixa. Uma caixa de vidro, onde eu posso ver, posso até sentir, mas não consigo pegar. Parece que quanto mais eu tento tirá-las de lá, mais difícil fica.  Quanto mais eu faço, mais empecilhos surgem.

Na medida que os dias passam, só aumenta a minha vontade do estar ao seu lado. Só aumenta a minha vontade de te abraçar, aumenta a minha vontade de mexer nesse seu cabelo que ninguém pode nem encostar, aumenta a minha vontade de poder até mesmo bagunçá-lo sem que você brigue. Eu quero estar ao seu lado, e não me importar com as suas manias. Quero fazer parte de você.

Não quero viver tudo sozinha, como sempre fiz. Eu quero viver com você. Mas, para isso, eu preciso que você me veja. Preciso que você descubra, ou redescubra, como eu sou e como podemos ser. Quero ser seu primeiro plano, primeiro caminho, desejo.

Eu não vou me contentar com a migalha que tenho. Só vou me contentar quando seus sorrisos forem inteiros meus. Sei que pode demorar para você esquecer e se entregar por completo, mas não me importo. Estou disposta a esperar. Disposta a te amar.

sábado, 10 de setembro de 2011

Derramamento

Um  dia eu vou - eu quero - olhar nos seus olhos e, com a maior sinceridade do mundo, derramar todos os meus sentimentos. Todas as minhas angustias, medos, anseios. Vou olhar nos teus olhos e contar todos os meus planos. Todos os planos que eu fiz para nós dois, os planos dos quais só eu sabia, uma vez que você nem sonhava com a “nossa” existência.

Eu não posso te culpar. Mas como eu queria colocar a culpa de ter sido tão… insegura, ingenua e de ter sido dominada pelo pavor da rejeição, em alguém, quando a única culpada fui eu. Eu cultivei tudo isso e tantos outros sentimentos que só me deixaram pior. Eu vivi sozinha o que poderia ter sido uma paixão atordoante. Meu medo me fez esconder, de quem mais importava, o que eu sentia.

Um dia eu vou olhar nos teus olhos e dizer o quanto eu te amei. Vou te dizer que seriamos felizes, porque eu ia fazer de tudo para isso. E, talvez, quando esse dia chegar, você ainda sinta alguma coisa, que eu vejo que você sente. Então os meus planos, não serão só meus.

Tudo sobre você

Talvez, um bichinho, daqueles que a gente não espera, mas que às vezes pode ser muito bom, tenha me mordido.
“Queria descobrir /Em 24h tudo que você adora/ Tudo que te faz sorrir/ E num fim de semana/ Tudo que você mais ama/ E no prazo de um mês/ Tudo que você já fez/ É tanta coisa que eu não sei”

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Não foi só minha imaginação...

Todo dia. É, todo dia. Ele sempre está lá, ele, e o outro também. Eles até tentam esconder - ficam longe um do outro, não conversam - mas eu sei, a gente sempre sabe. Tá, não é assim também. Tem muita gente que não percebe. Eu, tenho certeza.

Um sonho de consumo. Perfeito. O outro? ah, ele já é mais “clássico”, moderno, mas “clássico”. Não tem aquele charme, sabe? As vezes fica me olhando com uma cara de: nem adianta tentar, ele é meu.

Foi há muito tempo, a primeira vez que o outro me encarou. Os dois tinham entrado, separados. Logo pensei: “Humpf!! Esses dois por aqui?!”. Já tinha os visto, uma única vez. Passaram. O outro na frente, primeiro. Ele ficou, foi bem depois. Quando eu estava saindo vi os dois, sentados, bem longe um do outro. Ele, como sempre, olhando pro nada. O outro encontrou o meu olhar, nós dois sabíamos a verdade e ele sabia disso.

Os dias se passaram, e era sempre a mesma coisa. Eles entravam, um ia, o outro ficava, nunca sentavam juntos… Até que um dia ele foi sozinho, não resisti, perguntei por que eles sempre estavam separados e por que ele era o que passava depois. Não que a ordem importasse alguma coisa, mas eu não tinha o que falar. Ele olhou pra minha cara como se eu fosse louca - o que é obvio, faria o mesmo no lugar dele -, dizendo: “Oi?”. “Me desculpe! Era bobeira, deixa pra lá!”, respondi.

Fiquei paralisada por alguns segundos, olhando pro lado oposto dele. “Qual o seu nome?”, isso me balançou. Aquela voz tinha sumido dando espaço a outra surpreendente. Ficamos um bom tempo conversando sobre, nem sei o que, foram tantas coisas, bobeiras. Sabe aquele silencio mortal? Olhei no relógio, já estava mega atrasada. Mas ficaria mais algumas horas conversando com ele. “Você sabe, não é?” Preferia o silencio mortal a essa pergunta. Ele continuou. “Sabe que não somos só amigos? O por que de ficarmos sempre separados?” Nao tive palavras por uns 5 segundos. “Seria melhor se eu estivesse errada. Assim teria alguma esperança.” Ele nao respondeu. Senti o calor da sua respiração. O calor das suas mãos no meu rosto. O calor dos seus lábios nos meus. Era errado, mas não tinha porque resistir. Eu queria aquilo. Foi… não sei. Foi diferente de tudo que eu já havia sentido. Foi indescritível e inesquecível.

Não consegui me recuperar a tempo. Olhei e ele já estava longe. Queria sair correndo, ir atrás dele, perguntar um monte de coisa. Mas achei melhor não perguntar, não saber. Era melhor pensar que tinha sido apenas a minha imaginação.

Mais dias se passaram. Nunca mais o vi. Agora era só o outro, todos os dias a mesma coisa. Como se ele nunca tivesse existido. A única prova que eu tinha de que ele era de verdade era aquele olhar, que não me abandonava, do outro. E isso, por mais incomodo que fosse, me fazia muito bem.

- Thereza Rastro

domingo, 21 de agosto de 2011

Será, de tudo, válido?


Ok… eu não sou a pessoa mais feliz do mundo, nem tenho tudo o que eu quero, mas sou muito feliz no mundo em que vivo. Não, eu não estou falando do planeta em si. Estou me referindo ao meu “tipo” de vida mesmo. Aí eu percebo que algumas pessoas à minha volta, pessoas essas que viviam no mesmo mundo que eu, estão, como eu posso dizer… entrando em outro mundo.
A primeira vez que vi isso, achei horrível. Não queria aquilo pra mim. Fiquei chocada, com uma “mudança” muito pequena. Comecei a prestar mais atenção,  para ver se havia outras “mudanças”. Percebi, é claro. mas, como eu estava meio paranóica, pensei que fosse só a minha cabeça, querendo que eu acreditasse que havia perdido essas pessoas do meu mundo.
Já que eu havia, realmente, as perdido do meu mundo, não queria as perder da minha vida - na verdade, acho que já as havia perdido da minha vida, antes mesmo delas sairem do meu mundo. Resolvi que se eu visitasse esse mundo, talvez, eu me reaproximasse das pessoas que havia perdido.
Visitei. Confesso que foi bem estranho descobrir como aquele mundo, relativamente novo pra mim, funcionava. Aquelas pessoas, eu sabia que nunca mais iriam voltar para o meu mundo. Se eu realmente quisesse continuar a viver com elas, teria que construir uma ponte, permanente, entre os dois.
Não foi fácil, como nenhuma mudança é. E eu também não queria muito essa mudança, porque, como já disse, eu era muito feliz no meu mundo. Mas eu acabei gostando. Gostando muito desse mundo novo. Gostando a um ponto em que seria possível até mesmo largar tudo que já havia construído no meu mundo. E não é porque eu gostei daquele mundo que não havia coisas das quais eu não gostasse. Havia sim, e muitas delas por sinal. Isso não importava, embora eu visse que essas coisas “ruins” não fizessem mal só à mim, os motivos que me levavam a ficar por lá eram maiores.
Depois de muito puxar pela memória, percebi que eu tinha sido a primeira a visitar àquele mundo novo, só que a intensidade com a qual eu entrei nele foi muito menor que a das pessoas à minha volta. Desde sempre eu gostei daquele lugar. Agora, meu único medo é o de não conseguir sair de lá, antes mesmo de ter feito minha mudança completa, porque, embora aparentemente ele seja muito bom, se eu colocar tudo na balança, eu sei, vou perceber que não fiz  a escolha certa. Que tudo aquilo, de repente, não era tão bom assim, não valia à pena.

sábado, 20 de agosto de 2011

Apresentação

Antes de começar qualquer coisa, vamos às apresentações: leonina neurótica, que se irrita facilmente com qualquer tipo de barulho - principalmente os repetitivos. Tentando não se deixar levar pelas peripécias da vida. Uma boa filha, diga-se de passagem. Uma boa ouvinte, às vezes realmente SÓ ouvinte. Não falo muito, até você me conhecer de verdade, aí não paro de falar.  Muito insegura pra muitas coisas, mesmo sabendo que posso ser muito boa nelas. Futura jornalista, que ainda precisa estudar muito se quer passar na faculdade - não que eu seja má aula, nem chego perto disso, mas ainda tenho que me dedicar muito mais. Preguiçosa que só eu, sempre que puder vou deixar pra depois. Não sou magra... nem obesa. (haha) Não muito alta. Olhos castanhos - sempre com muito rímel. Cabelos, como diz meu professor: "Minha linda dos cabelos negros!", mas eles não são de fato negros, castanhos bem escuro, ondulados. Não me preocupo muito com roupas, não ando de qualquer jeito, mas também não faço super produções. Por fim, meu coração: anda bem preocupado com coisas insignificantes, ou não, ultimamente.

Maria Theresa, 17 anos, interior de São Paulo. 
A mais nova blogueira desse vasto mar de ideias.