domingo, 21 de agosto de 2011

Será, de tudo, válido?


Ok… eu não sou a pessoa mais feliz do mundo, nem tenho tudo o que eu quero, mas sou muito feliz no mundo em que vivo. Não, eu não estou falando do planeta em si. Estou me referindo ao meu “tipo” de vida mesmo. Aí eu percebo que algumas pessoas à minha volta, pessoas essas que viviam no mesmo mundo que eu, estão, como eu posso dizer… entrando em outro mundo.
A primeira vez que vi isso, achei horrível. Não queria aquilo pra mim. Fiquei chocada, com uma “mudança” muito pequena. Comecei a prestar mais atenção,  para ver se havia outras “mudanças”. Percebi, é claro. mas, como eu estava meio paranóica, pensei que fosse só a minha cabeça, querendo que eu acreditasse que havia perdido essas pessoas do meu mundo.
Já que eu havia, realmente, as perdido do meu mundo, não queria as perder da minha vida - na verdade, acho que já as havia perdido da minha vida, antes mesmo delas sairem do meu mundo. Resolvi que se eu visitasse esse mundo, talvez, eu me reaproximasse das pessoas que havia perdido.
Visitei. Confesso que foi bem estranho descobrir como aquele mundo, relativamente novo pra mim, funcionava. Aquelas pessoas, eu sabia que nunca mais iriam voltar para o meu mundo. Se eu realmente quisesse continuar a viver com elas, teria que construir uma ponte, permanente, entre os dois.
Não foi fácil, como nenhuma mudança é. E eu também não queria muito essa mudança, porque, como já disse, eu era muito feliz no meu mundo. Mas eu acabei gostando. Gostando muito desse mundo novo. Gostando a um ponto em que seria possível até mesmo largar tudo que já havia construído no meu mundo. E não é porque eu gostei daquele mundo que não havia coisas das quais eu não gostasse. Havia sim, e muitas delas por sinal. Isso não importava, embora eu visse que essas coisas “ruins” não fizessem mal só à mim, os motivos que me levavam a ficar por lá eram maiores.
Depois de muito puxar pela memória, percebi que eu tinha sido a primeira a visitar àquele mundo novo, só que a intensidade com a qual eu entrei nele foi muito menor que a das pessoas à minha volta. Desde sempre eu gostei daquele lugar. Agora, meu único medo é o de não conseguir sair de lá, antes mesmo de ter feito minha mudança completa, porque, embora aparentemente ele seja muito bom, se eu colocar tudo na balança, eu sei, vou perceber que não fiz  a escolha certa. Que tudo aquilo, de repente, não era tão bom assim, não valia à pena.

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