quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Vai passar…

Dói. Dói tanto que parece até que tem um buraco negro dentro de você. Um buraco negro que vai te puxando para dentro de você mesma. Todo mundo fala “vai passar”, “existem outros”, “a vida é assim mesmo”. Eu sei que vai passar, sei que existem outros e também sei que “a vida é assim mesmo”, mas é difícil, sabe!? Não dá pra você piscar e simplesmente tudo acabou.
Acho que eu nunca soube de verdade o motivo pelo qual eu gostava de alguém, mas com ele foi diferente, eu sabia… sei ainda. Não foi aquela paixão incontrolável, foi diferente. Ai quando você ouve “pelo menos vamos continuar sendo amigos”, dói muito mais.
Sabe quando você pensa que não vai ficar mal. já está conformada e o máximo que vai sair é uma simples e insignificante lágrima? Eu também pensei que seria assim. Mas nao foi. Uma sensação de perda – mesmo que fosse de algo que eu nunca tive – de angústia, medo, decepção e quando eu vi, aquela lágrima insignificante se transformou em rios, mares, oceanos. Uma coisa incontrolável que eu nem mesmo sabia que poderia sentir. O buraco ia crescendo e me puxando cada vez com mais força. Uma força descomunal, parece até que sua matéria vai se desfazer e você vai virar nada.
Vai passar, eu sei que vai. Tudo na vida passa, não é? Com isso não pode ser diferente. O meu medo é quanto tempo vai levar para passar. E ao mesmo tempo que eu quero que passe rápido, muito rápido, eu não quero que passe. Eu gosto disso, só não gosto das consequências que isso traz.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Pequenas coisas

São tantas as coisas que eu não compreendo. É tão estranho pensar que situações tão simples e banais podem ficar quardadas para sempre na nossa memória. E também é tão estranho quando atitudes tão pequenas fazem toda a diferença. Não pensem que me refiro somente à coisas boas. Embora essas sejam as melhores e mais desejadas, as “ruins”, indesejáveis ou desagradáveis, por assim dizer, ocorrem com muito mais frequência.

Reparem como um sorriso, uma ligação, uma mensagem inesperados podem deixar o dia de quem recebe muito mais… lindo. É, lindo. Nada vai poder tirar aquela pessoa do extasê que foi ver, ouvir, ou ler aquilo. Mas por outro lado, quando acontece alguma coisa que não a deixa bem, quando alguém que ela gosta a magoa - às vezes pelo simples fato de não falar com ela – ou é só ela que está em um dia ruim e se desentende, por coisas sem importância, com pessoas importantes, pode ter duas consequência.

Com certeza a pessoa não se sentirá bem com essa situação – a não ser que ela tenha algum problema piscicológico e goste de sofre – e ai, talvez, ela resolva isso no mesmo dia e será como se nada tivesse acontecido, o que fará desse, um dia normal. Parece fácil, é só or lá e resolver, mas não e muitas vezes essas coisas não são resolvidas no mesmo dia, nem no outro, nem no próximo. Passam-se dias, semanas, meses e essas pessoas depois de algum tempo não se lembram mais o que fez elas se afastarem, apenas acharam mais fácil, mais comodo, deixar como estava.

Essas pequenas coisas que podem deixar o nosso dia muito mais feliz, também podem fazer, pelo menos em alguma parte, nossa vida infeliz. São pequenas coisas que as vezes fazemos sem pensar e que podem mudar muitas coisas. Para o bem, ou não.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Correnteza

É tão engraçada a relação das pessoas. Me entendam, engraçada no sentido de que não tem uma lógica. Sempre nos surpreendemos o emaranhado de coisas que nos cercam. É incrível, no sentido de extraordinário, como realmente não conhecemos pessoas que “devíamos” entender apenas com um olhar. E como entendemos outras que jamais pensariamos sequer, tentar, entender.

Normalmente as pessoas não reparam umas nas outras. E é quando você precisa disso que percebe o quanto é “insignificante” para os outros. É ai que você percebe que precisa gritar por ajuda para ser notado.

Mesmo gritando não adianta. É impossível enfrentar a correnteza sozinho. Não que ninguém se importe, só não é suficiente contra a queda d’água que se aproxima. Eu pude notar que, só mesmo quem já chegou perto de cair, pode te ajudar de verdade. E enquanto elas vão te ajudando  você passa a compreendê-las um pouco melhor e, mesmo pra mim, que presto atenção demais em tudo, começamos a prestar mais atenção nos outros.

Dá para entender também porque pode ser mais fácil para alguém de fora de tirar, ou pelo menos não te deixar ir com a correnteza. Tenho notado que é muito mais difícil entender atitudes estranhas de pessoas muito próximas do que um simples olhar de pessoas distantes. Eu sei que é muito mais complexo do que isso, mas pode ser bom tentar entender um pouco mais e deixar ser entendido. Sei, por experiência própria, que não adianta o mundo estar disposto a ajudar se ele não consegue compreender tudo. Mas pior do que isso, não adianta você querer sair se não tiver ninguém que queira te ajudar a ir para a margem.